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Notícia - Nada de ficar debaixo do cobertor neste friozinho; veja como não perder o pique Nada de ficar debaixo do cobertor neste friozinho; veja como não perder o pique

Chega o friozinho e dá aquela preguiça de quase tudo. Ir para a academia? Amanhã. Arrumar armários, comprar o que está faltando em casa? Semana que vem, talvez. Até a saída com amigos depois do trabalho corre o risco de ser preterida. Tudo isso porque a temperatura baixa nos empurra para a indolência, o ócio, a vontade de ficar literalmente embaixo do edredon.

“O corpo humano dispõe de um processo de termorregulação para que a temperatura do organismo fique entre 36ºC e 37.5ºC. No frio, para manter este patamar, acaba trabalhando mais e despendendo mais energia – o que deixa as pessoas com essa sensação de cansaço”, explica Conrado Caprara Parizi, educador físico e professor da Academia Competition, em São Paulo.

Isso sem falar que o clima favorece um sono prolongado. “No verão, a maioria sente dificuldade para dormir por causa do calor. Como no inverno isso não ocorre, as horas na cama se estendem. E, por causa do frio, é mais pesaroso levantar e começar o dia”, diz Hélio Osmo, médico nutrólogo e consultor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad). Daí a impressão de se estar menos disposto, mais apático, sem tanta iniciativa.

Que fome

A urgência do organismo em se adaptar à temperatura local faz com que se sinta mais fome. Para não engordar, é preciso ligar o sinal de alerta, ainda mais se considerarmos que, como a necessidade de repor água é menor do que no verão, naturalmente o consumo de frutas e saladas é reduzido. Aí, a preferência recai, quase sempre, sobre os alimentos quentes, calóricos e com digestão lenta. Pronto, está formado o círculo vicioso.

“Refeições desequilibradas contribuem para a falta de disposição, principalmente as compostas por itens proteicos e gordurosos, que exigem mais do corpo para serem processados. Com isso, grande parte da energia fica concentrada no trato gastrointestinal”, salienta Karina Barros, nutricionista e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo. Duvida? É só se lembrar do sono que bate depois de se encarar um prato de feijoada.

O consumo inadequado de vitaminas e minerais também pode ser associado à falta de vigor. Se há deficiência de vitaminas do complexo B, por exemplo, algumas reações bioquímicas são afetadas. “Outras carências nutricionais, como a falta de ferro, provocam diminuição da hemoglobina, responsável por levar oxigênio aos tecidos, e um dos principais sintomas decorrentes disso é o cansaço”, explica Karina.

Já Conrado Parizi recorre aos primórdios da civilização para buscar mais explicações: lembra os tempos em que não existia agricultura e pecuária e, portanto, o acesso à comida era difícil – e, por essa razão, o homem primitivo tentava se manter quieto e sonolento no inverno para economizar energia. “O problema de estoque alimentar foi resolvido, porém guardamos no nosso código genético informações daquele período e naturalmente procuramos ficar mais sedentários quando está frio.”

Além da justificada preguiça, o abandono da atividade física nesses meses do ano também contribui para a falta de ânimo. Afinal, escurece mais cedo, e a friagem lá fora não estimula a trocar de roupa e sair por aí correndo, pedalando, naquele pique total.


Fonte: noticias.uol.com.br




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